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Epilepsia (Convulsões)


A epilepsia é a causa mais frequente na origem das crises convulsivas. No entanto, existem situações em que não existe convulsão, podendo assim caracterizar-se as crises epilépticas da seguinte forma:
·      Não convulsiva (ou crise de pequeno mal) – Caracteriza-se por uma ausência breve, olhar fixo e um tremor palpebral, não reagindo à voz ou a qualquer outro estímulo.
·      Convulsiva (ou crise de grande mal) – Caracterizada por contracções musculares descoordenadas, perda de consciência e frequentemente acompanhada de incontinência de esfíncteres.
                                                                           
Sinais e sintomas

 Muitas das vítimas epilépticas têm uma chamada aura, ou pré-aviso, em que algumas vítimas referem como um cheiro, luzes, entre outras, antes da crise e podendo referir ou apresentar:
·      Cefaleias;
·      Naúseas;
·      Ranger dos dentes.
A aura é uma característica individual no epiléptico, pelo que não se pode generalizar como um sintoma comum a todas as crises convulsivas.

A crise convulsiva decorre normalmente de acordo com a sequência que se segue:
1.  Por vezes um grito violento;    
2.  Um rodar de olhos para cima;
3.  Perda de consciência à qual se segue uma queda violenta;
4.  Devido aos períodos de apneia que ocorrem durante a crise convulsiva, pode surgir cianose labial;
5.  O cerrar violento da boca dá origem por vezes à mordedura da língua, que em conjunto com o aumento da salivação, provoca o “espumar” pela boca muitas vezes acompanhado com sangue resultante da mordedura da língua;
6.  Ocorre frequentemente incontinência de esfíncteres;
7.  Ao recuperar da crise, a vítima apresenta-se no início prostrada evoluindo para a apatia, agitação e confusão.
  

Cuidados de emergência

Durante a convulsão:
·     Evitar traumatismos associados, desviando objectos;
·     Proteger extremidades e crânio da vítima;
·     Nunca tentar segurar a vítima ou contrariar as contracções;
·     Não forçar a abertura da boca ou a colocação de qualquer objecto nesta,
       durante a convulsão;
·     Desapertar roupas justas, nomeadamente gravata, colarinho, cinto, etc.
·     Esperar que a convulsão pare;
·     Apesar de durante a crise a vítima poder efectuar períodos de apneia, não
       se deve fazer insuflações.


Após a convulsão:
A vítima vai ficar inconsciente como se estivesse num sono profundo, recuperando gradualmente a consciência apresentando-se inicialmente desorientada no tempo e no espaço, deverá então:

·      Colocar a vítima em PLS (Posição Lateral de Segurança);
·      Actuar em conformidade com os traumatismos associados;
·      Manter vigilância apertada.

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